quinta-feira, 16 de julho de 2009

POESIAS DA ZORAHYA








>




















Foi naquela estrada
Com seu olhar maroto.
Cabelos negros e soltos,
Foi lá que eu a encontrei
Pisando na ponta dos pés,
como se estivesse a flutuar...

Sua voz era macia
Suave como a poesia
Amenizou meus conflitos
Amenizou minha dor.

Em um minuto ela sumiu
Pensei que fosse miragem
Um sonho, uma idéia mágica
Coisas da minha imaginação ...

Mas eu sei foi real,
Por isso vivo a procurar
Por essa cigana mágica
Que fez meu coração
Em um minuto lhe dar !

Cigana Zorahya

POESIAS DE GUIDA LINHARES



Um dia voce chegou como quem nada quer.
Me apontou o céu e mostrou a mais linda estrela.
Me levou a passear por campos floridos,
a sonhar com o amor em sua amplidão.
Eu te disse que a coisa mais linda,
e que mais desejava,
era reencontrar o amor com outro rosto!
E você sorriu dizendo,
que o nosso romance teria as cores do arco-íris,
e nele sonharíamos juntos, até ficarmos velhinhos.
A princípio não te levei a sério.
Mas com o tempo e a tua presença constante
fui percebendo afinidades e me encantando.
Sei bem dos amores passageiros,
aqueles que chegam numa estação primaveril,
e depois se vão para desembarcar em outros corações.
Nunca sabem exatamente onde vão descer!
Mas eu quero um amor companheiro
para viajar junto no trem da vida.
Para fazer de cada dia uma celebração,
em que o banquete divino seja de prazer e alegria!

Guida Linhares / 06/02/09





Me deixo ficar entre as flores...
assim te espero!
O amor maior em sua essência
e configuração, em si mesmo venero!

Talvez nem demores a vir!
Chegastes ligeiro e afinando a voz,
entoastes as sutis notas do sentir
que podes vir a ser...um bem querer!

Tens o pulso forte de quem
sabe o que quer e vai à luta.
Talvez um majestoso totem
de séculos, quem há de saber ?

Me fizestes sorrir ao dizeres:
- Recuperemos o tempo perdido.
Senti nas entrelinhas dos prazeres,
a hora do supremo amor apetecido.

Então...
me deixo ficar entre as flores...
No meio delas, te espero!

Santos/SP
29/03/08
Guida Linhares

quarta-feira, 15 de julho de 2009

POESIAS DE PAULO NUNES JUNIOR





Nesta noite, me vem a lembrança de ti
e de nossos lábios sussurrando juras de amor;
olhares trocados, com tal profundidade,
que poderíamos ir ao núcleo de nossas almas...
O sabor de tua pele, os corpos entrelaçados,
em horas intermináveis de prazer incontido...
Um gosto de “quero mais”
sempre nos fazendo reiniciar
nosso jogo de sedução,
como duas borboletas a sair entre jardins,
lançando o encanto de nosso amor...
e, entre as flores, o aroma de nossa pele
tomada pela paixão...
Percorremos mundos imaginários
e neles fazemos o ninho de nosso amor,
que acolhe nossos desejos mais íntimos...
Incontidos pelo desejo de nos amarmos,
lançamo-nos na promessa da eternidade
e unimos nosso sangue em uma jura
que, mesmo após a morte, seremos um do outro,
guardando a essência mágica deste amor,
que suporta tudo e apresenta-se
como senhor único e nos faz
os seres únicos diante do Universo...


Paulo Nunes Junior
Out./2007
São Paulo Brasil
http://sitedepoesias.com.br/poesias/25682



















Quando fecho os olhos
e embalado em sonhos mágicos,
que me levam ao teu encontro...
Sinto-me anjo dentre um vale de amor infinito!
Acordo e teimo em acreditar neste amor
e agarro-me à Senhora Esperança,
que me faz adentrar as horas
e tornar-me, mais uma vez, vencedor...
Se utilizo da Esperança,
para me fazer crer em nós...
Faço dela instrumento,
que me leva a acreditar
que existe lá fora corações puros,
que a humanidade, a tempo,
acordará para o amor...
Querer ver todos entrelaçando as mãos,
sem diferenças, ninguém mais disputando,
ou repartindo amor: este deve ser ofertado!
Ninguém mais temendo as ruas:
estas devem ser instrumento
de liberdade de todos;
ninguém mais julgando-se melhor
que o outrem, pois todos somos feitos
da mesma imagem e semelhança!
Esperar por um globo terrestre
sem poluição, onde os rios
voltariam a ser límpidos...
Os oceanos a ter a magia de encanto
e não serem temidos, como agora...
Ver um planeta, onde o respeito
voltaria a brilhar em todos os lares;
a droga derrotada;
a violência extinta;
a moral, respeito, amizade,
fraternidade, caridade,
honradez, fidelidade,
não fossem predicados de alguns,
mas que fossem qualidades
naturais de cada um...
Enfim,
miragens de um velho coração,
que, mesmo cansado, busca sempre forças
para poder continuar a sonhar;
assim, faço destes objetivos de minha alma,
chamados por miragem,
fonte inesgotável, dando-me o vigor necessário,
para continuar minha trajetória...
Apenas, peço:
deixe-me continuar a sonhar!

Paulo Nunes Junior
Brasil/SP
08/11/2007

TRADUTOR

VISITANTES



terça-feira, 14 de julho de 2009

OS VALORES MAIS CULTIVADOS PELO POVO CIGANO





"Parece que ciganos e ciganas somente nasceram no mundo para ser ladrões. Nascem de pais ladrões, criam-se com ladrões, estudam para ladrões e finalmente saem para ser ladrões comuns. A vontade de roubar e o roubar aparecem neles como acidentes inseparáveis que não se acabam até o momento da morte". Essas linhas abrem o romance A Ciganinha, de Miguel de Cervantes. Publicado em 1613, em grande parte esse imaginário se perpetua até hoje. Paula Soria é uma cigana sinti que defendeu uma tese de mestrado na Universidade de Brasília sobre os estereótipos do povo cigano na literatura dos não ciganos. Ela aponta que o roubo e o sobrenatural são os estigmas recorrentes quando se pensa nos ciganos.

"Antes seria cigano ladrão, ladrão de criança, principalmente. Hoje em dia também existe esse preconceito, mas o mais forte agora, até porque estamos em tempos politicamente corretos, é estereótipo do cigano sobrenatural, místico, com poderes paranormais. Isso não é interessante. Pode existir, porque existe toda uma tradição de pôr as cartas, ler as mãos, então podem existir ciganos com algum poder, mas isso não pode ser uma generalização. Ou seja, de qualquer forma continua sendo um ser anormal, diferente. Pela dúvida nos afastemos deles porque são estranhos"

Paula Soria conta que uma das explicações possíveis para o mito de que cigano rouba criança seria o fato de que antigamente, os grupos acolhiam crianças de mulheres não ciganas, quando os bebês eram gerados fora do casamento. As mães davam os filhos e depois se arrependiam, dizendo então que as crianças tinham sido roubadas. Paula Soria nasceu em algum lugar entre a Bolívia e a Argentina, mas foi registrada no Brasil. Foi cigana nômade que atravessou diversos países da América do Sul, e foi à escola pela primeira vez aos dez anos de idade. Para continuar os estudos ela teve que romper com sua família, com quem hoje mantém contatos muito espaçados. Hoje ela se considera como alguém entre culturas, se orgulha de suas raízes ciganas e segue trabalhando para dissolver os estigmas. Mas para seguir estudando, teve de bancar um sério conflito com a família. Ela aponta que o costume cigano de não enviar os filhos à escola é algo que pede diferentes análises. Além do receio dos pais de que os filhos percam os referenciais ciganos, as famílias também temem o preconceito.

"Professores não estavam preparados, havia muito preconceito, os alunos também, principalmente na minha época. Agora ainda é assim, imagina há um tempo atrás. a idéia do cigano ladrão, cigano rouba criança. Eu, por exemplo, às vezes não falava bem e falavam: tá jogando praga, os professores tinham medo. É difícil porque os pais sabem também, apesar do temor de mandar os filhos e se aculturarem, deixar de ser ciganos, eles sabem que essa criança vai ser mal recebida, vai ser maltratada"

Paula acredita que é possível estudar e continuar sendo cigana, mesmo que as famílias mais tradicionais ainda não aceitem isso. O número de ciganos analfabetos ainda é muito grande, sendo que o costume de não ir à escola ou estudar durante poucos anos ainda se mantém na maioria das comunidades. Farde Sthepanovichil é presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana de São Paulo, e explica que como os ciganos trabalham em sua maioria com comércio, a educação formal nem sempre é valorizada pois não é necessária para os negócios. Mas ele reconhece que quando o assunto é educação, também há um grande receio de que os jovens queiram se relacionar com os não ciganos

"Aí você vai dar abertura, oportunidade para ela se relacionar com uma pessoa que não seja cigana, e isso nós não queremos. Então por isso que uma boa parte da comunidade cigana até a sétima, oitava série estudam, aí depois é o momento de pedir: filho, por favor, vamos recuar agora, vamos continuar a nossa vida".


A família é a base de todo grupo cigano. Ouvindo pessoas de diferentes clãs, os valores que aparecem são os mesmos e se baseiam no respeito aos mais velhos e na união familiar. Os ciganos seguem mantendo o costume de se casar muito cedo, a partir dos 15 anos. O namoro é proibido e o casamento precisa ser acertado entre as famílias. Farde Sthepanovichil explica que esse costume desperta o espanto dos gajés, os não ciganos, mas que o número de uniões felizes entre os ciganos fala por si.

"As pessoas quando escutam falam, poxa, mas com 16, 17 anos se casam, será que esse casamento dá certo, será que dura, são meninos ainda, não conhecem muito bem a vida. Só que 80, 90% dos casamentos ciganos dão certo. Então se mais que a maioria dá certo, é sinal que alguma coisa correta está acontecendo".

O casamento fora do clã cigano segue sendo um tabu. Jucelho Dantas é cigano kalon e vive na Bahia. Ele se casou com uma não cigana, com quem tem dois filhos. Jucelho aponta que sua família aceitou a união, mas que há resistências.

"Ciganos de modo geral são muito machistas, a sociedade é muito patriarcal. O homem pode tudo, a mulher realmente tem que ralar muito para conseguir. Mesmo o homem casando com outra etnia, é complicado porque não há uma aceitação 100%. No caso de minha família, aceitou, eu e outro irmão somos casados com pessoas que não são ciganas, mas há uma certa resistência. No caso das ciganas é muito mais difícil".

Jucelho conta que sua esposa e filhos estranham alguns costumes que são comuns entre os ciganos, como as roupas e as festas animadas, por exemplo. Ele também menciona que a família é tudo dentro do clã cigano, que em geral é muito unido, mas menciona também que ciganos costumam ser muito viscerais - se amam, amam com intensidade, e se odeiam, também odeiam com intensidade. Jucelho é professor da Universidade Federal de Feira de Santana, e conta que dentro do seu ambiente de trabalho procura divulgar a cultura cigana e desmistificar os estereótipos.

"Quando eu entro em uma turma nova pra dar aula, eu sempre me identifico como cigano, para mostrar para eles que os ciganos não são aquilo somente que eles dizem, são outras coisas também, são muito mais e podem estar ali junto com eles, lado a lado, sem problemas. Então me identifico sempre e sempre causo aquele burburinho na sala,oh cigano... eu sinto que eles ficam assim meio espantados de ver um cigano dando aula para eles. Mas é isso, essa coisa está muito no início e a tendência normal é que as coisas melhorem, eu espero".

São inúmeros os aspectos da cultura cigana que merecem destaque. A união familiar, o hábito da mulher cigana de ter as panelas brilhando, o gosto pela abundância e alegria nas reuniões são apenas alguns deles. È um povo com costumes diferentes, mas que nesse momento quer ser visto apenas com respeito.

De Brasília, Daniele Lessa

PRECONCEITO RACIAL




Em relação aos ciganos a eles podemos ter estas opções:
odiá-los, amá-los, ignorá-los. Eu prefiro amá-los. Sabe
por quê? Porque eles são o povo mais excluído da terra
e eu me identifico com eles. Quem nunca foi excluído?
Na escola? No trabalho? Numa festa... Agora, imagine o
povo cigano que sofre exclusão milenar... Saiba que eles
tiveram grande influência na formação da nossa pátria.
Uma das qualidades invejáveis e intrínsecas desta etnia
cigana é não ter Estado / nação / pátria: o mundo é sua
pátria. Que maravilha! O povo que não se curva à burocracia,
não tem armas nacionais, selos ou símbolos de qualquer
natureza, mas respeitam os valores do país que os acolhe.
Agora, na ONU, consideraram eles oriundos da Índia; outros
criaram uma bandeira e hino para eles, não sei se vai pegar.
Ciganos são totalmente desligados de coisas como residências
fixas. Podem até morar em palácios, contudo, mantêm a alma
cigana nômade. Não se ligam a governos, reis, eleições, enfim,
livres como pássaros no céu. Vivem muito bem sob tendas.
Gostam de dinheiro, sim, gostam de negociar, sim! Afinal
precisam viver, e o mundo é duro, muito duro para os párias.
Em penosíssimas deambulações, são jogados daqui para ali,
sem qualquer consideração das autoridades, sem qualquer
assistência social, sem médicos, nem instrução e sem apoio
algum. Ignorados pelas famosas ONGS, e pela turma dos
direitos humanos, repelidos pelo povo em geral, que não
se lembra das palavras de Jesus: Vinde a mim eu vos
aliviarei! Onde estão os que se intitulam representantes
do Padre Eterno? Onde estão os cristãos? Onde a caridade?
Eu invejo os ciganos pela capacidade de sobrevivência sob
fatores tão adversos. Eu quero e não posso ser um deles,
a sociedade não me permite, mas se eu fosse cigano, seria
uma honra para mim. Você já viu um cigano seqüestrador?
Já viu um cigano assaltante de bancos? Já viu criança cigana
abandonada? Já viu velho cigano abandonado? Aqueles que
falam mal dos ciganos, que liguem o ‘desconfiômetro’,
devem levar em conta que eles, os ciganos, são espelhos de nós
mesmos. Você me entende?... [Se você vê no cigano um homem
desprezível, você é também desprezível; porém, se vê um homem
bom, você é bom. É o fator espelho, meu caro]. Seja livre
(no íntimo) como um cigano! Somente assim será feliz. Por último,
não menos importante, procure imitar Jesus, o verdadeiro Salvador
e também o maior dos ciganos. Foi Ele que disse: Amai-vos uns aos
outros. Lembra-te ainda de que somos partículas de Deus, O Grande
Arquiteto do Universo. E como muito apropriadamente, magistralmente
disse, em trova, o grande poeta Augusto de Lima, em síntese cosmogônica:


Há uma só lei da existência

sob a esfera luminosa;

partilham da mesma essência

homem, ave, estrela e rosa.


Daí, somos todos irmãos! Os ciganos também são nossos irmãos.

CULTURA CIGANA



Ao que tudo indica, o povo cigano teve origem através de uma migração de indianos em direção ao ocidente. Depois de passar pela Pérsia e pela Turquia, sua presença já é registrada na Grécia e em outros países balcânicos. Como base dessa afirmação temos a hipótese mais aceita sobre a origem do povo cigano, que diz que seu berço é datado de dois ou três séculos antes de Cristo, vindos de uma civilização da Índia Antiga. Outros pontos também colaboram para que essa hipótese seja reforçada, como a tez morena, comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas e princípios religiosos, tal como a crença na reencarnação. O fato de o povo cigano não ter, até os dias de hoje, uma linguagem escrita torna ainda mais difícil definir sua verdadeira origem.
Contudo, o povo cigano é guardião da liberdade e seu grande lema é “O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião.” Em sua maioria, os ciganos são artistas e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. É um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética, honra e justiça, senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. Eles usam ervas, chás e toques curativos.
Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças.
O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.
Outro fato que chama a atenção para a provável origem indiana do povo cigano, é a santa por quem nutrem o mais devotado amor e respeito, chamada Santa Sara Kali. Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva.
Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o “sagrado”, quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande “madrinha”. As celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações. Também para os ciganos tudo na vida é “maktub” (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a Astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos.



A música aparece de maneira marcante na história de quase todos os povos, mesmo aqueles considerados primitivos ou selvagens, representando uma parte ativa e de importância na estrutura social e religiosa dos mesmos. As tribos indígenas do Brasil e da América do Norte são exemplos vivos de povos que dançavam e ainda dançam em ritos e cerimônias ofertados aos deuses.
A música árabe, flamenca e hindu são as que mais se assemelham à dança cigana. O povo cigano tem na dança uma de suas mais vivas e exuberantes formas de expressão, tirando dos passos, dos volteios do corpo, do rodar de suas saias, do meneio de suas cabeças e mãos, uma alegria contagiante e uma vivacidade talvez única.
Dependendo de sua origem, algumas ciganas dançam segurando pandeiros enfeitados com fitas coloridas, lenços esvoaçantes, leques ou flores. Os homens dançam com as mulheres apenas reforçando a presença masculina, sem toque ou contato físico entre eles. Nas danças em grupo é mantido o respeito entre homens e mulheres, sendo que os homens preferencialmente dançam em grupos somente masculinos, numa dança vibrante, máscula,com passos muito marcados, que requerem muita agilidade e grande condicionamento físico. Os bailados masculinos lembram as danças gregas e russas, que requerem muito mais um ótimo treinamento físico que simples passos de dança. Nas festas, a dança é livre, sem regras. Cada um se diverte como quer, nunca esquecendo o recato e os limites entre homens e mulheres. Nas danças cerimoniais ou rituais existe maior formalidade, os movimentos são mais singelos, curtos e lentos, a expressão do rosto é séria e as cores das roupas mais sóbrias, pois o importante é o fundamento do ritual, que em geral é a entrega de oferendas à natureza, tida como uma força divina, protetora e doadora de bênçãos. O violino, as castanholas, a guitarra cigana, o aderbaque, o banjo, o violão e o pandeiro são os instrumentos mais comuns entre os ciganos, apesar de variarem conforme a região de sua procedência.
Os ciganos procedentes da Espanha, os gitanos, dançam o flamenco, uma dança em dupla ou em grupo onde é forte o sapateado, o bater enérgico das palmas das mãos e o som das castanholas.A dança é aprendida desde a infância e não existe limite de idade para se dançar.
Suas roupas representam um dos aspectos mais importantes de sua cultura, pois além do significado próprio das vestes dentro dos costumes ciganos, traduzem também uma obediência às tradições do passado e uma das formas de mantê-las vivas ao longo do tempo.
As mulheres usam saias longas, geralmente até os tornozelos, numa demonstração de recato e ao mesmo tempo sedução. Acham desnecessário expor o corpo no pressuposto de que tudo que é muito fácil é desvalorizado. As blusas não possuem decotes ousados, as saias são rodadas e fartas, usando as ciganas mais ricas várias saias sobrepostas. O colorido é o forte atrativo de suas roupas. Muitas gostam de xales, fitas, rendas, possuindo um significado simbólico dentro de cada família cigana. As mulheres ciganas são muito vaidosas e faceiras, usando a discrição das roupas para fascinarem. As mulheres casadas usam o diklo, lenço de seda no cabelo, as solteiras não. O lenço não precisa cobrir todo o cabelo, mas apanhar um tanto do cabelo. Se uma mulher casada retira o lenço em público ou deixa de usá-lo isto é encarado como de mau agouro, desrespeito ao marido ou chamamento de viuvez. As jóias são usadas por ambos os sexos. Cordões de ouro, colares, pulseiras, anéis fazem parte da indumentária cigana como sinal de poderio econômico e elementos de proteção.
A roupa dos homens também é bem cuidada, compondo um visual elegante e ostensivo. Camisas bordadas, de mangas largas, calças confortáveis e botas são complementadas com cinturões largos, ou longas faixas de tecido colorido presas à cintura. Alguns usam chapéus de aba larga e lenços na cabeça ou no pescoço.
As cores possuem um significado que é usado tanto nas roupas femininas quanto masculinas. O vermelho simboliza a energia do fogo purificador e é usado para afastar as más influências e a negatividade; o amarelo traduz a riqueza, a vivacidade e a inteligência; o verde traz o simbolismo da cura, da esperança e da renovação da vida tal como acontece na primavera, que transborda de verde e cores mil, após o frio e o rigor do inverno. O povo cigano associa o azul ao céu, onde residem os espíritos guardiões e a Virgem Maria recoberta por seu manto azul; esta cor traz a tranqüilidade e a paz das esferas superiores, além de representar o elemento água. O cinza não é bem visto. O branco simboliza a pureza das crianças, dos anjos protetores e os estados virginais. O preto é usado como uma cor complementar ou de fundo, e raramente veremos um cigano vestido totalmente de preto, que é uma cor usada nos funerais, embora eles não tenham por hábito vestir luto. O preto é reservado para os rituais de magia junto com o branco e o vermelho.
Andar sem calçados também faz parte do misticismo cigano, pois acreditam que esta é uma maneira de descarregar a energia negativa na terra, ao mesmo tempo propiciando a entrada de energia positiva que vem do céu, do Sol, da Lua e das estrelas.
Os ciganos são pessoas que prezam o suficiente sua história e primam por mantê-la viva, inclusive no que diz respeito às vestimentas e à dança.

CONTOS E LENDAS ARABES





"Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:

HOJE MEU MELHOR AMIGO ME DEU UMA BOFETADA NO ROSTO.

Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.

O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:

HOJE MEU MELHOR AMIGO SALVOU MINHA VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

POR QUE, DEPOIS QUE TE MAGOEI, ESCREVESTE NA AREIA E AGORA, ESCREVES NA PEDRA?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

QUANDO UM GRANDE AMIGO NOS OFENDE, DEVEMOS ESCREVER ONDE O VENTO DO ESQUECIMENTO E O PERDÃO SE ENCARREGUEM DE BORRAR E APAGAR A LEMBRANÇA. POR OUTRO LADO, QUANDO NOS ACONTECE ALGO DE GRANDIOSO, DEVEMOS GRAVAR ISSO NA PEDRA DA MEMÓRIA E DO CORAÇÃO ONDE VENTO NENHUM EM TODO O MUNDO PODERÁ SEQUER BORRÁ-LO."



Como as árvores e as montanhas, que suportam os mais inesperados ventos.

Muitas vezes, o homem precisa fingir que não ouve; ou deixar que a mágoa encontre, em seu coração, o túmulo silencioso.

É necessário acreditar.

Mesmo quando os fatos o negam, quando o sofrimento é a recompensa, é preciso lutar por aquilo em que se acredita. Pois, para aquele que retorna a meio caminho, de nada valeram os sacrifícios da jornada.

Mesmo quando a vida parece um fardo, quando de todos os lados a tristeza faz sentir a sua presença, é necessário seguir. E da fraqueza extrair forças, para um dia alcançar a felicidade.

Por isto, não deveis desesperar ao ver ruírem os vossos castelos; antes buscai erguê-los novamente.

Muitas vezes, a diferença entre o fracasso e o sucesso é uma tentativa a mais.

E não é sábio aquele que maldiz o seu destino, ou por ele se incrimina, e sim o que se esforça para torná-lo melhor.
Em qualquer situação, mais vale uma canção de esperança que palavras de amargor. Pois a angústia não trará soluções aos vossos problemas; antes os fará parecer maiores, roubando-vos a coragem com que os poderíeis resolver.

E, por certo, não é com a amargura de hoje que ireis construir um doce amanhã.

Meditai sempre, sobre os vossos problemas. Pois é junto ao vosso verdadeiro Eu que encontrareis as melhores respostas.

Lembrai-vos que a cada taça de fel corresponde uma taça de mel. Porém não sentireis o sabor do mel que a vida coloca em vossos lábios, se o vosso paladar se obstina em ater-se ao fel.

E assim procede quem apenas enxerga as dificuldades da vida, desprezando as dádivas que recebe a cada dia. Pois a quem distribui o fel, dificilmente será ofertado o mel.

Por isto, deveis resistir à amargura. Assim encontrareis, em vosso verdadeiro Eu, a força de que necessitais para construir o vosso futuro.

E a vossa felicidade.
Texto do livro "A Sabedoria de Hassan"




Deus, não consintas que eu seja
O carrasco que sangra as ovelhas,
Nem uma ovelha nas mãos dos algozes.
Ajuda-me a dizer sempre a verdade
Na presença dos fortes,
E jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus!
Se me deres a fortuna,
não me tires a felicidade;
Se me deres a força, não me tires a sensatez;
Se me for dado prosperar,
não permita que eu perca a modéstia,
Conservando apenas o orgulho da dignidade.
Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas,
Para não enxergar a traição dos adversários,
Nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.
Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido
E nem desesperado quando sentir insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso
poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus!
Faze-me sentir que o perdão é maior índice da força,
E que a vingança é prova de fraqueza.
Se me tirares a fortuna,
Deixe-me a esperança.
Se me faltar a beleza da saúde,
Conforta-me com a graça da fé.
E quando me ferir a ingratidão e a
incompreensão dos meus semelhantes,
Cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente Senhor,
Se eu Te esquecer,
Te rogo mesmo assim,
Nunca Te esqueças de mim !





Certa feita, um valoroso e sábio guerreiro árabe, Al Hassim, chefe de numerosa tribo, após

fragoroso combate, diante do espetáculo macabro

que presenciara, do alto de uma montanha orou aos céus :"se for da tua vontade ò todo-poderoso, sacrifica-me para por fim à guerra "!

Houve novos combates e numa tarde, pouco antes da chegada da noite, Al Hassim orou, com fervor redobrado, mas a luta não cessou...

Os membros de sua tribo diminuíam a cada dia sangrento.

Decidiu-se então a combater só. Empunhou a cimitarra e partiu para o campo de batalha.

Ao deparar com o exército inimigo em formação de ataque, bradou: " Vão embora !

Digam aos seus líderes que já basta de tanta matança.Aqui estou para enfrentá-los, a todos " !

Açodou o cavalo, investiu furioso contra as hostes inimigas, estáticas ante a bravura do guerreiro solitário.

O líder adversário, presa de indizível vergonha, ordenou a retirada de suas tropas, dirigindo-se sem escolta ao acampamento árabe, onde celebrou a paz.

Al Hassim galgou a montanha para agradecer ao todo-poderoso. Lá no alto ouviu uma voz que lhe ordenava recolher todos os cadáveres, inclusive os dos inimigos, para sepultá-los naquele lugar.

Árdua era a tarefa de trazer tantos mortos para a montanha. Após o derradeiro sepultamento, Alah fez chover por semanas a fio, ao fim das quais, dos céus, conclamou os chefes dos exércitos para reunir os guerreiros ao redor da montanha.

Ao crepúsculo, os mortos levantaram-se dos seus sepulcros. Ressuscitados,os antigos contendores se abraçaram, tomaram suas montarias e partiram.

Conta-se que ainda hoje, quando se ora em direção àquela montanha, o Anjo da Paz surge no horizonte, ressuscitando todos os que tombaram

em alguma estúpida guerra...

Bruno Ropf

MENSAGEM JESUS II





A LEI DO AMOR

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996.


يسوع المسيح في هذه الصورة يدعوا الجميع ليأتي عندهُ.
يدعو اشخاص ليخدموه على الأرض وهو واثق بمحبتهم لهُ.
لكن هل هناك من يسمع صوت الرب ويلبية؟
هناك من يسمع صوت الرب ويرفضهُ.
لذلك علينا أن نعرف مشيئة الله في حياتنا من خلال سمعنا لصوته.
ومهما كان جوابنا لنثق دائماً بأنه يحب الجميع ويريد الخير للجميع.
اليوم اسمعوا الصوت الرب فلا تقسوا قلوبكم.
وبعد هذة الحياة هناك الحياة والفرح والنعيم لمن يعمل بمشيئة الله

الاكليريكي ريمون حداد

Luz no Lar



Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.

Em casa, começa nossa missão no mundo.

Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.

Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Fujamos à frustação espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.

Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promesssa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla. FEB.

باسم الله القوي والأب فقط

Mais Amor



Rogas à vida o roteiro
Da Esfera Superior,
E a vida responde sempre:
Meditar com mais amor.
Procurando, desse modo,
Caminho renovador,
Em toda dificuldade,
Apóia com mais amor.

Se esperas pelo futuro
Como ninho aberto em flor,
Arando a terra do sonho,
Trabalha com mais amor.
Recebe, pois, o infortúnio
Com desassombro e valor,
Se a provação recrudesce,
Suporta com mais amor.

Tolera com paciência
A nuvem do dissabor;
Buscando nova alegria,
Ampara com mais amor.
Caluniaram-te a vida?
Perdoa seja a quem for.
Quem vive para a verdade,
Entende com mais amor.

Amigos desavísados
Trouxeram-te sombra e dor?
Diante de todos eles,
Auxilia com mais amor.

Feriram-te as esperanças
Brandindo verbo agressor?
Não critiques nem te queixes...
Espera com mais amor.

Ante o jogo de ilusões
Que o mal te venha a propor,
No cultivo da humildade,
Resiste com mais amor.
Se desejas alcançar
A comunhão do Senhor,
Arrima-te à caridade
E serve com mais amor.
Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha. 4 edição. Araras, SP: IDE. 1987.

MENSAGENS DE JESUS













segunda-feira, 13 de julho de 2009

DIA NACIONAL DO CIGANO



O Dia Nacional do Cigano é comemorado oficialmente no Brasil no dia 24 de maio. Foi comemorado pela primeira vez em 24/05/07, com uma programação especial da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Como parte da programação, foi lançado o carimbo e o selo cigano, pelas Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos (ECT), em homenagem ao fato histórico da participação do povo cigano na facilitação das comunicações. Também foi feito o anúncio da Cartilha de Direitos da Etnia Cigana, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. O povo cigano inclui os Roms, Sintos e Calons, todos originados de um povo nômade oriundo do norte da Índia.
O Dia Nacional do Cigano foi instituído em 25 de maio de 2006 por meio de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reconhecimento à contribuição da etnia cigana na formação da história e da identidade cultural brasileira. No calendário cigano, o dia 24 de maio é dedicado a Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos.
Em Portugal, o Dia Nacional do Cigano é comemorado em 24 de junho, festa de S. João Baptista, dia tradicionalmente festejado pelos ciganos desse país.
Em 8 de abril é comemorado o Dia Internacional dos Ciganos (International Roma Day), que são a maior minoria étnica na Europa, perfazendo 8 milhões de pessoas. O Dia Internacional dos Ciganos foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1971, por meio de ampla campanha liderada pelo ator americano cigano Yull Briner
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Vamos aprender um pouco sobre a cozinha cigana . Diversas pessoas conhecem os ciganos, mas nunca participaram de uma refeição com eles, não apenas isso, não sabem a base principal de sua cozinha, que se caracteriza por dois ingredientes principais: grão de bico e açafrão.

A importância deste último é ilustrada por um dizer "se o alimento não tem cor parece uma refeição payos! . Bico e ensopados, em particular, em geral, deve-se ao antigo costume de cozinhar no acampamento cigano, com o calor do sol e a terminar como frio da noite e,sobretudo, o alimento deve ser quente para combater o frio e para fornecer mais energia. Podemos dizer que os ciganos comem lotes de produtos vegetais , em detrimento de peixe e carne, os quais são consumidos muito pouco pelo povo cigano.

Um prato típico da Andaluzia, principalmente devido a em Jerez os payos tem sido o melhor prato cigano, Gypsy Kale (Uma forma de alimentação baseada em alimentos crus, frutos frescos e secos (hidratados), vegetais, sementes e grãos germinados e algas. Os quais tem toda a vitalidade nutricional necessária para uma vida saudável e ecológica). A alimentação simples dos ciganos passou a ter destaque em restaurantes e bares onde servem suas receitas de forma requintada. Na elaboração do tagarnina que vem da família de thistles, que, por sua vez, os ciganos,só comiam grão de bico, feijão, jarreta de carne de porco, gordura de porco, bacon ou gordura de queijo, com estrias de carne, lingüiça, chouriço, manteiga amarela, couve, repolho verde, aipo, colorau, cominho e sal. No Brasil esse prato é conhecido como Sopa de Grão de Bico.
Outros pratos típicos são potaje Eve (baseado em soak feijão, grão embebido bacalhau com, um pouco de óleo de oliva ), trapos (com batata, farinha, secas de bacalhau e camarão); Olla Gitana (com grão de bico, abóbora e feijão verde) ; panela com Peras (com feijão branco, feijão, abóbora, amêndoas, pêras e tomates) ou Zarangollos (ovo, batata, abobrinha e cebola). A carne preferida pelo povo cigano é a de porco e de carneiro . E acreditem o preparo da mesma com o tempero cigano é de dar água na boca .
Mais algumas comidas originalmente ciganas:

Armianca: Salada de alface e tomate (em rodelas);
champignon; queijo de cabra, cenoura, beterraba (em pedaços) e berinjela frita (em tiras). Enfeitar com uvas-passas, raminhos de hortelã e pétalas de flores.

Assados: Pernil de carneiro (Bakró); Pernil de leitão (Baló); Cabrito Frito com arroz e brócolis (ou lentilha ou nozes); e/ou roletes de carne bovina ou frango com pedaços de cebola, pimentão (verde e amarelo) e tomate.

Brynza: Queijo de Cabra (cru ou frito).

Chivuisa: Destilado à base de trigo (espécie de Aguardente).

Civiaco: Torta folhada salgada ou doce.

Cozido Manouche: feijões vermelhos grandes, pedaços de carne e osso de pernil de porco, alhos-porós em pedaços, salsão com as folhas em pedaços, alôs comuns inteiros com casca, cenouras e batatas cortadas em pedaços grandes, sal e pimenta-do-reino moída na hora à gosto e arroz branco que deve ser incorporado na última etapa do cozimento.

Goulash: Cozido de arroz, batata, carne e páprica ardida.

Malay: Pão de Milho.

Manrô/Kolako: Pão redondo de Farinha de Trigo.

Mamalyga: Polenta.

Naut: Grão de Bico com lingüiça.

Paprikach: costela defumada (bovina ou suína) e bacon ao molho vermelho de tomate e pimentão com batatas pequenas, cozidas (na casca) e páprica doce.

Papuchá: Pirão de Milho.

Sifrite: Ponche de Frutas com Champanhe e/ou refrigerante. Enfeitados com pétalas de rosa.

Sarmá: Arroz com lentilha, carne seca desfiada e nozes.

Sarmy/Salmava: Charutos ou Rolinhos feitos em folha de repolho recheados com lombo ou carne bovina moída,azeitonas, bacon e molho dourado; e/ou em folha de uva com recheio de bacalhau.

COMO VOCÊ PODE CONQUISTAR A AMIZADE E CARINHO DE UM CIGANO(A)


O valor da amizade é incomensurável!... É tudo na vida do ser humano. Como é que uma pessoa pode viver sem ter amigos ? Sem ter alguém que lhe estenda a mão e lhe faça um afago nas horas de tristeza e até mesmo de carência ? O amor por um amigo(a) ,esposo(a), por colega de trabalho ou colega de escola e faculdade e até mesmo por um animal de estimação é de suma importância em nossas vidas . A vida sem amizade não tem graça nenhuma,pois a amizade consiste numa relação de estima entre dois seres. Não se pode negar a existência desse vínculo e nem tentar diminuí-lo. As alegações de que o homem é um ser egoísta, movido exclusivamente pelo interesse, esbarramo-nos incontáveis exemplos de renúncia, solidariedade e companheirismo de questão cheias as páginas da História Universal. Muitas vezes aquele que supomos um amigo verdadeiro, frustra-nos a expectativa. mostra-se interesseiro e egoísta. Essas relações superficiais, ao invés de desmerecerem a verdadeira amizade, aumentam o seu valor. A amizade real independe das circunstâncias, solidifica-se com o passar dos anos, resiste ao afastamento material, vivendo e revigorando-se constantemente nas regiões mais nobres do espírito, protegida da atividade destruidora que a distância exerce entre as ligações vacilantes.Como tudo que é bom e nobre, a amizade verdadeira é rara, o que naturalmente eleva o valor de um amigo real e impele o homem a procurar mantê-lo. Dentro do plano das relações humanas, são inestimáveis os préstimos da amizade, seja no estímulo, no voto de confiança,na palavra de consolo ou na ajuda material. Lembre-se : " Quanto do que somos, temos, ou pretendemos conseguir devemos ou deveremos aos nossos companheiros !

Quando você convida os ciganos para um café em casa é dar-lhe o reconhecimento de que eles pertencem à família, um grande símbolo da amizade. O desenvolvimento desta é simples,ferva água em uma panela e quando foram adicionado à ebulição colocar o café , deixar o pó baixar e retirá-lo da panela com uma concha colocando-o em um bule ou jarra sempre colocada sobre a mesa a esquerda do visitante e o café tem que já estar adocicado. Na frente do cigano(a) um café quente é a melhor forma de você resolver as questões familiares, de negócios e acordos matrimonias, no sentido de paz e harmonia para do lar, sendo que também as moças que querem casar nesse momento podem fazer os seus pedidos. Coloque sempre na mesa o pão e água cristalina. resto da decoração será de acordo com o seu gosto e da sua forma de servir. Esse tipo de atitude não necessita ser falada ou exposta ao cigano(a), apenas faça seus pedidos por pensamento. Lembre-se tudo gira em torno de energias.

domingo, 12 de julho de 2009

Sejam Bem Vindos ! سلام


A AMIZADE REAL


Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida.
Sentindo-se mais velho chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.
Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais.
O jovem seguiu-lhe as instruções.
Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto. Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência.
O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.
Reparando a tranqüilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.
- Para quê? - confabulava consigo mesmo - aquele homem não era um pedinte. Não parecia guardar problemas que merecessem compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.
De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário.
O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:
- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente, em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.
- Mas, meu pai - acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o nosso.
- Folgo bastante com a notícia - exclamou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conselheiral, acrescentou:
- Meu filho, se não é lícito dar em dia aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que santifica.
Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil.
Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias.
Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que o nosso concurso não seja orgulho vão.
Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração.
O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor para a eternidade.
Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.
Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

Chás / Tchaio/Kavi


FELICIDADE : Chá Preto ou chá de mate com pedaços de maçã e uvas frescas
PROSPERIDADE: Chá preto com uva passa e ameixa
PROGRESSO : Chá de Morango
AMOR : Chá de damasco
SENSUALIDADE : Pessêgo
EQUILIBRIO DA ALMA E ENERGIA POSITIVA: Chá de limão com hortelã
DINHEIRO : Chá de melão e romã

Esses chás tanto podem serem usados para serem tomados como usados após o banho de higiene, para a eliminação de energias mortas de orgone (Condição que expressa a diminuição ou carência de orgonicidade, ou da energia cósmica).

Reza uma lenda que um imperador da China só bebia água fervida. Um dia, folhas dos ramos de uma árvore chamada Camellia Sinensis caíram na panela de água fervente, conferindo-lhe um delicioso aroma e sabor. Estava descoberto o chá! Serví-lo e bebê-lo fazem parte importante da cultura chinesa. “Há vários festivais de chá no país e alguns locais são famosos pelo chá que produzem, como a cidade de Hangzhou, onde é produzido um dos melhores chás verdes da China. Para os ciganos os chás Tchaio/Kavi, são milagrosos,tanto na magia como na medicina alternativa e fitoterápica.

Receita dedicada para quebrar a tristeza.
Ingredientes:
6 batatas grandes
¼ de xícara de manteiga
200 gramas de iogurte
1 colher de chá de alecrim
2 colheres de chá de salsa
1/8 de colher de chá de sálvia
1 pitada de sal
1 pitada de pimenta do reino
1 colher de sopa de manteiga derretida
1 xícara de salsa picada para enfeitar

Modo de Preparar:

Cozinhe as batatas até ficarem macias. Descasque-as e faça um buraco em cada
uma delas.
Pegue o que tirou da batata e amasse bem. Adicione a massa
¼ de
manteiga, e mexa. Adicione o iogurte, alecrim, salsa,
sálvia, sal e
pimenta e bata tudo até que obtenha uma mistura
cremosa e fofa.
Recheie as batatas, pincele-as com a manteiga derretida.
Arrume-as
numa assadeira de cerâmica e asse-as em forno quente
por 15 minutos.
Salpique com a salsa.

O que é felicidade?
Quem não quer essa resposta? Para tentar sondar esse enigma, além dos principais centros de estudos do mundo, resolvemos consultar alguns verdadeiros sábios. E, acreditem, segundo eles a felicidade existe e está muito perto de você. Um sorriso em troca de um sorvete, um abraço ou um beijo. As crianças são sábias quando conceituam, com uma simplicidade invejável, o que é a felicidade. No universo delas, a felicidade está em pequenos gestos, em uma partida de futebol com os amigos ou em uma refeição cheia de comidas gostosas. É com esse mesmo sentimento pueril que Daniel Gilbert, professor de psicologia da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda a felicidade há mais de duas décadas, conceitua a sensação de bem-estar: “É difícil dizer o que é, mas sei quando eu a vejo. É simplesmente se sentir bem”. Em suas pesquisas e livros sobre o tema, Gilbert mostra o que teimamos em não perceber no dia-a-dia: a felicidade não é uma sensação eterna ou um estado de êxtase, daqueles que se atingem nos momentos de extremo prazer. Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projetos. Para o psicólogo americano David Myers, do Hope College, de Michigan, as pessoas perdem tempo demais tentando buscar explicações ou motivos para o que as deixa para baixo. Na contramão da tristeza, não existe uma resposta certa ou única sobre o que fazer ou como chegar à felicidade. Mas existem pistas do que leva até ela. O filósofo grego Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse. Mas ainda tropeçamos aí, não é mesmo? Na simplicidade Na infância, temos esse conceito muito presente. A poetisa mineira Adélia Prado, em seu poema Solar, fala sobre a casa da meninice: um lugar grande, bonito, onde a família se reunia para uma refeição para lá de simples. “Minha mãe cozinhava exatamente arroz, feijão-roxinho, molho de batatinhas. Mas cantava”, diz o poema. Adélia se volta ao passado e retorna à infância para resgatar sentimentos felizes. Os cheiros e os gostos fazem parte desse estar feliz. Só que, no dia-a-dia, nos confundimos diante de um amanhã cheio de possibilidades e incertezas. Segundo o psicólogo israelense Daniel Kahneman, da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, passamos a julgar nossa felicidade não pela situação atual, mas pela perspectiva de melhorar de vida no futuro. A conclusão de Kahneman faz parte de um estudo feito nos últimos anos sobre o modo de viver dos americanos. Há meio século, o sonho de uma família de classe média era ter a casa própria, um carro na garagem e pelo menos um filho na universidade. Os dados mostram que o sonho americano se transformou em realidade. E, apesar de alcançar seus objetivos, esse povo não se considera satisfeito ou feliz. A felicidade não é, afinal, uma posse permanente porque não dá para estar bem o tempo todo. Mas também não precisa ser uma eterna projeção. Vale a pena passar os olhos no que temos tão ao alcance das mãos. Parece simples? E quem disse que não é? Os maiores especialistas no assunto ainda não têm diplomas nem títulos, mas, moldados pela inocência, nos dizem os muitos lugares onde mora a tal felicidade. É só não esquecer…
Daniel Gilbert, Jerson Aranha 2007