domingo, 19 de julho de 2009

POESIAS DE ANNA PAES








Quanto tenho andado...
Quanto tenho buscado...
Não sei responder!
Onde te escondes?
Onde te mostras?
São outonos?
Verões?
Vidas,
Sem fim
ou
Um simples
.............fim?

Anna Paes
23/03/2007








MENSAGENS DE AMIZADE ( clique sobre a imagem para ampliá-la )




quinta-feira, 16 de julho de 2009

POESIAS DA ZORAHYA








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Foi naquela estrada
Com seu olhar maroto.
Cabelos negros e soltos,
Foi lá que eu a encontrei
Pisando na ponta dos pés,
como se estivesse a flutuar...

Sua voz era macia
Suave como a poesia
Amenizou meus conflitos
Amenizou minha dor.

Em um minuto ela sumiu
Pensei que fosse miragem
Um sonho, uma idéia mágica
Coisas da minha imaginação ...

Mas eu sei foi real,
Por isso vivo a procurar
Por essa cigana mágica
Que fez meu coração
Em um minuto lhe dar !

Cigana Zorahya

POESIAS DE GUIDA LINHARES



Um dia voce chegou como quem nada quer.
Me apontou o céu e mostrou a mais linda estrela.
Me levou a passear por campos floridos,
a sonhar com o amor em sua amplidão.
Eu te disse que a coisa mais linda,
e que mais desejava,
era reencontrar o amor com outro rosto!
E você sorriu dizendo,
que o nosso romance teria as cores do arco-íris,
e nele sonharíamos juntos, até ficarmos velhinhos.
A princípio não te levei a sério.
Mas com o tempo e a tua presença constante
fui percebendo afinidades e me encantando.
Sei bem dos amores passageiros,
aqueles que chegam numa estação primaveril,
e depois se vão para desembarcar em outros corações.
Nunca sabem exatamente onde vão descer!
Mas eu quero um amor companheiro
para viajar junto no trem da vida.
Para fazer de cada dia uma celebração,
em que o banquete divino seja de prazer e alegria!

Guida Linhares / 06/02/09





Me deixo ficar entre as flores...
assim te espero!
O amor maior em sua essência
e configuração, em si mesmo venero!

Talvez nem demores a vir!
Chegastes ligeiro e afinando a voz,
entoastes as sutis notas do sentir
que podes vir a ser...um bem querer!

Tens o pulso forte de quem
sabe o que quer e vai à luta.
Talvez um majestoso totem
de séculos, quem há de saber ?

Me fizestes sorrir ao dizeres:
- Recuperemos o tempo perdido.
Senti nas entrelinhas dos prazeres,
a hora do supremo amor apetecido.

Então...
me deixo ficar entre as flores...
No meio delas, te espero!

Santos/SP
29/03/08
Guida Linhares

quarta-feira, 15 de julho de 2009

POESIAS DE PAULO NUNES JUNIOR





Nesta noite, me vem a lembrança de ti
e de nossos lábios sussurrando juras de amor;
olhares trocados, com tal profundidade,
que poderíamos ir ao núcleo de nossas almas...
O sabor de tua pele, os corpos entrelaçados,
em horas intermináveis de prazer incontido...
Um gosto de “quero mais”
sempre nos fazendo reiniciar
nosso jogo de sedução,
como duas borboletas a sair entre jardins,
lançando o encanto de nosso amor...
e, entre as flores, o aroma de nossa pele
tomada pela paixão...
Percorremos mundos imaginários
e neles fazemos o ninho de nosso amor,
que acolhe nossos desejos mais íntimos...
Incontidos pelo desejo de nos amarmos,
lançamo-nos na promessa da eternidade
e unimos nosso sangue em uma jura
que, mesmo após a morte, seremos um do outro,
guardando a essência mágica deste amor,
que suporta tudo e apresenta-se
como senhor único e nos faz
os seres únicos diante do Universo...


Paulo Nunes Junior
Out./2007
São Paulo Brasil
http://sitedepoesias.com.br/poesias/25682



















Quando fecho os olhos
e embalado em sonhos mágicos,
que me levam ao teu encontro...
Sinto-me anjo dentre um vale de amor infinito!
Acordo e teimo em acreditar neste amor
e agarro-me à Senhora Esperança,
que me faz adentrar as horas
e tornar-me, mais uma vez, vencedor...
Se utilizo da Esperança,
para me fazer crer em nós...
Faço dela instrumento,
que me leva a acreditar
que existe lá fora corações puros,
que a humanidade, a tempo,
acordará para o amor...
Querer ver todos entrelaçando as mãos,
sem diferenças, ninguém mais disputando,
ou repartindo amor: este deve ser ofertado!
Ninguém mais temendo as ruas:
estas devem ser instrumento
de liberdade de todos;
ninguém mais julgando-se melhor
que o outrem, pois todos somos feitos
da mesma imagem e semelhança!
Esperar por um globo terrestre
sem poluição, onde os rios
voltariam a ser límpidos...
Os oceanos a ter a magia de encanto
e não serem temidos, como agora...
Ver um planeta, onde o respeito
voltaria a brilhar em todos os lares;
a droga derrotada;
a violência extinta;
a moral, respeito, amizade,
fraternidade, caridade,
honradez, fidelidade,
não fossem predicados de alguns,
mas que fossem qualidades
naturais de cada um...
Enfim,
miragens de um velho coração,
que, mesmo cansado, busca sempre forças
para poder continuar a sonhar;
assim, faço destes objetivos de minha alma,
chamados por miragem,
fonte inesgotável, dando-me o vigor necessário,
para continuar minha trajetória...
Apenas, peço:
deixe-me continuar a sonhar!

Paulo Nunes Junior
Brasil/SP
08/11/2007

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terça-feira, 14 de julho de 2009

OS VALORES MAIS CULTIVADOS PELO POVO CIGANO





"Parece que ciganos e ciganas somente nasceram no mundo para ser ladrões. Nascem de pais ladrões, criam-se com ladrões, estudam para ladrões e finalmente saem para ser ladrões comuns. A vontade de roubar e o roubar aparecem neles como acidentes inseparáveis que não se acabam até o momento da morte". Essas linhas abrem o romance A Ciganinha, de Miguel de Cervantes. Publicado em 1613, em grande parte esse imaginário se perpetua até hoje. Paula Soria é uma cigana sinti que defendeu uma tese de mestrado na Universidade de Brasília sobre os estereótipos do povo cigano na literatura dos não ciganos. Ela aponta que o roubo e o sobrenatural são os estigmas recorrentes quando se pensa nos ciganos.

"Antes seria cigano ladrão, ladrão de criança, principalmente. Hoje em dia também existe esse preconceito, mas o mais forte agora, até porque estamos em tempos politicamente corretos, é estereótipo do cigano sobrenatural, místico, com poderes paranormais. Isso não é interessante. Pode existir, porque existe toda uma tradição de pôr as cartas, ler as mãos, então podem existir ciganos com algum poder, mas isso não pode ser uma generalização. Ou seja, de qualquer forma continua sendo um ser anormal, diferente. Pela dúvida nos afastemos deles porque são estranhos"

Paula Soria conta que uma das explicações possíveis para o mito de que cigano rouba criança seria o fato de que antigamente, os grupos acolhiam crianças de mulheres não ciganas, quando os bebês eram gerados fora do casamento. As mães davam os filhos e depois se arrependiam, dizendo então que as crianças tinham sido roubadas. Paula Soria nasceu em algum lugar entre a Bolívia e a Argentina, mas foi registrada no Brasil. Foi cigana nômade que atravessou diversos países da América do Sul, e foi à escola pela primeira vez aos dez anos de idade. Para continuar os estudos ela teve que romper com sua família, com quem hoje mantém contatos muito espaçados. Hoje ela se considera como alguém entre culturas, se orgulha de suas raízes ciganas e segue trabalhando para dissolver os estigmas. Mas para seguir estudando, teve de bancar um sério conflito com a família. Ela aponta que o costume cigano de não enviar os filhos à escola é algo que pede diferentes análises. Além do receio dos pais de que os filhos percam os referenciais ciganos, as famílias também temem o preconceito.

"Professores não estavam preparados, havia muito preconceito, os alunos também, principalmente na minha época. Agora ainda é assim, imagina há um tempo atrás. a idéia do cigano ladrão, cigano rouba criança. Eu, por exemplo, às vezes não falava bem e falavam: tá jogando praga, os professores tinham medo. É difícil porque os pais sabem também, apesar do temor de mandar os filhos e se aculturarem, deixar de ser ciganos, eles sabem que essa criança vai ser mal recebida, vai ser maltratada"

Paula acredita que é possível estudar e continuar sendo cigana, mesmo que as famílias mais tradicionais ainda não aceitem isso. O número de ciganos analfabetos ainda é muito grande, sendo que o costume de não ir à escola ou estudar durante poucos anos ainda se mantém na maioria das comunidades. Farde Sthepanovichil é presidente da Associação de Preservação da Cultura Cigana de São Paulo, e explica que como os ciganos trabalham em sua maioria com comércio, a educação formal nem sempre é valorizada pois não é necessária para os negócios. Mas ele reconhece que quando o assunto é educação, também há um grande receio de que os jovens queiram se relacionar com os não ciganos

"Aí você vai dar abertura, oportunidade para ela se relacionar com uma pessoa que não seja cigana, e isso nós não queremos. Então por isso que uma boa parte da comunidade cigana até a sétima, oitava série estudam, aí depois é o momento de pedir: filho, por favor, vamos recuar agora, vamos continuar a nossa vida".


A família é a base de todo grupo cigano. Ouvindo pessoas de diferentes clãs, os valores que aparecem são os mesmos e se baseiam no respeito aos mais velhos e na união familiar. Os ciganos seguem mantendo o costume de se casar muito cedo, a partir dos 15 anos. O namoro é proibido e o casamento precisa ser acertado entre as famílias. Farde Sthepanovichil explica que esse costume desperta o espanto dos gajés, os não ciganos, mas que o número de uniões felizes entre os ciganos fala por si.

"As pessoas quando escutam falam, poxa, mas com 16, 17 anos se casam, será que esse casamento dá certo, será que dura, são meninos ainda, não conhecem muito bem a vida. Só que 80, 90% dos casamentos ciganos dão certo. Então se mais que a maioria dá certo, é sinal que alguma coisa correta está acontecendo".

O casamento fora do clã cigano segue sendo um tabu. Jucelho Dantas é cigano kalon e vive na Bahia. Ele se casou com uma não cigana, com quem tem dois filhos. Jucelho aponta que sua família aceitou a união, mas que há resistências.

"Ciganos de modo geral são muito machistas, a sociedade é muito patriarcal. O homem pode tudo, a mulher realmente tem que ralar muito para conseguir. Mesmo o homem casando com outra etnia, é complicado porque não há uma aceitação 100%. No caso de minha família, aceitou, eu e outro irmão somos casados com pessoas que não são ciganas, mas há uma certa resistência. No caso das ciganas é muito mais difícil".

Jucelho conta que sua esposa e filhos estranham alguns costumes que são comuns entre os ciganos, como as roupas e as festas animadas, por exemplo. Ele também menciona que a família é tudo dentro do clã cigano, que em geral é muito unido, mas menciona também que ciganos costumam ser muito viscerais - se amam, amam com intensidade, e se odeiam, também odeiam com intensidade. Jucelho é professor da Universidade Federal de Feira de Santana, e conta que dentro do seu ambiente de trabalho procura divulgar a cultura cigana e desmistificar os estereótipos.

"Quando eu entro em uma turma nova pra dar aula, eu sempre me identifico como cigano, para mostrar para eles que os ciganos não são aquilo somente que eles dizem, são outras coisas também, são muito mais e podem estar ali junto com eles, lado a lado, sem problemas. Então me identifico sempre e sempre causo aquele burburinho na sala,oh cigano... eu sinto que eles ficam assim meio espantados de ver um cigano dando aula para eles. Mas é isso, essa coisa está muito no início e a tendência normal é que as coisas melhorem, eu espero".

São inúmeros os aspectos da cultura cigana que merecem destaque. A união familiar, o hábito da mulher cigana de ter as panelas brilhando, o gosto pela abundância e alegria nas reuniões são apenas alguns deles. È um povo com costumes diferentes, mas que nesse momento quer ser visto apenas com respeito.

De Brasília, Daniele Lessa

PRECONCEITO RACIAL




Em relação aos ciganos a eles podemos ter estas opções:
odiá-los, amá-los, ignorá-los. Eu prefiro amá-los. Sabe
por quê? Porque eles são o povo mais excluído da terra
e eu me identifico com eles. Quem nunca foi excluído?
Na escola? No trabalho? Numa festa... Agora, imagine o
povo cigano que sofre exclusão milenar... Saiba que eles
tiveram grande influência na formação da nossa pátria.
Uma das qualidades invejáveis e intrínsecas desta etnia
cigana é não ter Estado / nação / pátria: o mundo é sua
pátria. Que maravilha! O povo que não se curva à burocracia,
não tem armas nacionais, selos ou símbolos de qualquer
natureza, mas respeitam os valores do país que os acolhe.
Agora, na ONU, consideraram eles oriundos da Índia; outros
criaram uma bandeira e hino para eles, não sei se vai pegar.
Ciganos são totalmente desligados de coisas como residências
fixas. Podem até morar em palácios, contudo, mantêm a alma
cigana nômade. Não se ligam a governos, reis, eleições, enfim,
livres como pássaros no céu. Vivem muito bem sob tendas.
Gostam de dinheiro, sim, gostam de negociar, sim! Afinal
precisam viver, e o mundo é duro, muito duro para os párias.
Em penosíssimas deambulações, são jogados daqui para ali,
sem qualquer consideração das autoridades, sem qualquer
assistência social, sem médicos, nem instrução e sem apoio
algum. Ignorados pelas famosas ONGS, e pela turma dos
direitos humanos, repelidos pelo povo em geral, que não
se lembra das palavras de Jesus: Vinde a mim eu vos
aliviarei! Onde estão os que se intitulam representantes
do Padre Eterno? Onde estão os cristãos? Onde a caridade?
Eu invejo os ciganos pela capacidade de sobrevivência sob
fatores tão adversos. Eu quero e não posso ser um deles,
a sociedade não me permite, mas se eu fosse cigano, seria
uma honra para mim. Você já viu um cigano seqüestrador?
Já viu um cigano assaltante de bancos? Já viu criança cigana
abandonada? Já viu velho cigano abandonado? Aqueles que
falam mal dos ciganos, que liguem o ‘desconfiômetro’,
devem levar em conta que eles, os ciganos, são espelhos de nós
mesmos. Você me entende?... [Se você vê no cigano um homem
desprezível, você é também desprezível; porém, se vê um homem
bom, você é bom. É o fator espelho, meu caro]. Seja livre
(no íntimo) como um cigano! Somente assim será feliz. Por último,
não menos importante, procure imitar Jesus, o verdadeiro Salvador
e também o maior dos ciganos. Foi Ele que disse: Amai-vos uns aos
outros. Lembra-te ainda de que somos partículas de Deus, O Grande
Arquiteto do Universo. E como muito apropriadamente, magistralmente
disse, em trova, o grande poeta Augusto de Lima, em síntese cosmogônica:


Há uma só lei da existência

sob a esfera luminosa;

partilham da mesma essência

homem, ave, estrela e rosa.


Daí, somos todos irmãos! Os ciganos também são nossos irmãos.

CULTURA CIGANA



Ao que tudo indica, o povo cigano teve origem através de uma migração de indianos em direção ao ocidente. Depois de passar pela Pérsia e pela Turquia, sua presença já é registrada na Grécia e em outros países balcânicos. Como base dessa afirmação temos a hipótese mais aceita sobre a origem do povo cigano, que diz que seu berço é datado de dois ou três séculos antes de Cristo, vindos de uma civilização da Índia Antiga. Outros pontos também colaboram para que essa hipótese seja reforçada, como a tez morena, comum aos hindus e ciganos, o gosto por roupas vistosas e coloridas e princípios religiosos, tal como a crença na reencarnação. O fato de o povo cigano não ter, até os dias de hoje, uma linguagem escrita torna ainda mais difícil definir sua verdadeira origem.
Contudo, o povo cigano é guardião da liberdade e seu grande lema é “O Céu é meu teto, a Terra é minha pátria e a Liberdade é minha religião.” Em sua maioria, os ciganos são artistas e exímios ferreiros, fabricando seus próprios utensílios domésticos, suas jóias e suas selas. A família é a base da organização social dos ciganos, não havendo hierarquia rígida no interior dos grupos. O comando normalmente é exercido pelo homem mais capaz, uma vez que os ciganos respeitam acima de tudo a inteligência. Esse povo canta e dança tanto na alegria como na tristeza pois para o cigano a vida é uma festa e a natureza que o rodeia a mais bela e generosa anfitriã. Onde quer que estejam, os ciganos são logo reconhecidos por suas roupas e ornamentos, e, principalmente por seus hábitos ruidosos. É um povo cheio de energia e grande dose de passionalidade. São tão peculiares dentro do seu próprio código de ética, honra e justiça, senso, sentido e sentimento de liberdade que contagiam e incomodam qualquer sistema. Eles usam ervas, chás e toques curativos.
Os ciganos geralmente se reúnem em tribos para festejar os ritos de passagem: o Nascimento, a Morte, o Casamento e os Aniversários; e acreditam na Reencarnação (mas não incorporam nenhum espírito ou entidade). Estão sempre reunidos nos campos, nas praias, nas feiras e nas praças.
O misticismo e a religiosidade, fazem parte de todos os hábitos da vida cigana. Normalmente, assimilam as religiões do lugar onde se encontram, mas jamais deixam de lado o culto aos antepassados, o temor dos maus-olhados, a crença na reencarnação e na força do destino (baji), contra a qual não adianta lutar. O mais importante para o Povo Cigano é interagir com a Mãe Natureza respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.
Outro fato que chama a atenção para a provável origem indiana do povo cigano, é a santa por quem nutrem o mais devotado amor e respeito, chamada Santa Sara Kali. Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva.
Para o Povo Cigano, a Lua Cheia é o maior elo de ligação com o “sagrado”, quando são realizados mensalmente os grandes festivais de consagração, imantação e reverenciação à grande “madrinha”. As celebrações da Lua Cheia, acontecem todos os meses em torno das fogueiras acesas, do vinho e das comidas, com danças e orações. Também para os ciganos tudo na vida é “maktub” (está escrito nas estrelas), por isso são atentos observadores do céu e verdadeiros adoradores dos astros e dos sidéreos. Os ciganos praticam a Astrologia da Mãe Terra respeitando e festejando seus ciclos naturais, através dos quais desenvolvem poderes verdadeiramente mágicos.



A música aparece de maneira marcante na história de quase todos os povos, mesmo aqueles considerados primitivos ou selvagens, representando uma parte ativa e de importância na estrutura social e religiosa dos mesmos. As tribos indígenas do Brasil e da América do Norte são exemplos vivos de povos que dançavam e ainda dançam em ritos e cerimônias ofertados aos deuses.
A música árabe, flamenca e hindu são as que mais se assemelham à dança cigana. O povo cigano tem na dança uma de suas mais vivas e exuberantes formas de expressão, tirando dos passos, dos volteios do corpo, do rodar de suas saias, do meneio de suas cabeças e mãos, uma alegria contagiante e uma vivacidade talvez única.
Dependendo de sua origem, algumas ciganas dançam segurando pandeiros enfeitados com fitas coloridas, lenços esvoaçantes, leques ou flores. Os homens dançam com as mulheres apenas reforçando a presença masculina, sem toque ou contato físico entre eles. Nas danças em grupo é mantido o respeito entre homens e mulheres, sendo que os homens preferencialmente dançam em grupos somente masculinos, numa dança vibrante, máscula,com passos muito marcados, que requerem muita agilidade e grande condicionamento físico. Os bailados masculinos lembram as danças gregas e russas, que requerem muito mais um ótimo treinamento físico que simples passos de dança. Nas festas, a dança é livre, sem regras. Cada um se diverte como quer, nunca esquecendo o recato e os limites entre homens e mulheres. Nas danças cerimoniais ou rituais existe maior formalidade, os movimentos são mais singelos, curtos e lentos, a expressão do rosto é séria e as cores das roupas mais sóbrias, pois o importante é o fundamento do ritual, que em geral é a entrega de oferendas à natureza, tida como uma força divina, protetora e doadora de bênçãos. O violino, as castanholas, a guitarra cigana, o aderbaque, o banjo, o violão e o pandeiro são os instrumentos mais comuns entre os ciganos, apesar de variarem conforme a região de sua procedência.
Os ciganos procedentes da Espanha, os gitanos, dançam o flamenco, uma dança em dupla ou em grupo onde é forte o sapateado, o bater enérgico das palmas das mãos e o som das castanholas.A dança é aprendida desde a infância e não existe limite de idade para se dançar.
Suas roupas representam um dos aspectos mais importantes de sua cultura, pois além do significado próprio das vestes dentro dos costumes ciganos, traduzem também uma obediência às tradições do passado e uma das formas de mantê-las vivas ao longo do tempo.
As mulheres usam saias longas, geralmente até os tornozelos, numa demonstração de recato e ao mesmo tempo sedução. Acham desnecessário expor o corpo no pressuposto de que tudo que é muito fácil é desvalorizado. As blusas não possuem decotes ousados, as saias são rodadas e fartas, usando as ciganas mais ricas várias saias sobrepostas. O colorido é o forte atrativo de suas roupas. Muitas gostam de xales, fitas, rendas, possuindo um significado simbólico dentro de cada família cigana. As mulheres ciganas são muito vaidosas e faceiras, usando a discrição das roupas para fascinarem. As mulheres casadas usam o diklo, lenço de seda no cabelo, as solteiras não. O lenço não precisa cobrir todo o cabelo, mas apanhar um tanto do cabelo. Se uma mulher casada retira o lenço em público ou deixa de usá-lo isto é encarado como de mau agouro, desrespeito ao marido ou chamamento de viuvez. As jóias são usadas por ambos os sexos. Cordões de ouro, colares, pulseiras, anéis fazem parte da indumentária cigana como sinal de poderio econômico e elementos de proteção.
A roupa dos homens também é bem cuidada, compondo um visual elegante e ostensivo. Camisas bordadas, de mangas largas, calças confortáveis e botas são complementadas com cinturões largos, ou longas faixas de tecido colorido presas à cintura. Alguns usam chapéus de aba larga e lenços na cabeça ou no pescoço.
As cores possuem um significado que é usado tanto nas roupas femininas quanto masculinas. O vermelho simboliza a energia do fogo purificador e é usado para afastar as más influências e a negatividade; o amarelo traduz a riqueza, a vivacidade e a inteligência; o verde traz o simbolismo da cura, da esperança e da renovação da vida tal como acontece na primavera, que transborda de verde e cores mil, após o frio e o rigor do inverno. O povo cigano associa o azul ao céu, onde residem os espíritos guardiões e a Virgem Maria recoberta por seu manto azul; esta cor traz a tranqüilidade e a paz das esferas superiores, além de representar o elemento água. O cinza não é bem visto. O branco simboliza a pureza das crianças, dos anjos protetores e os estados virginais. O preto é usado como uma cor complementar ou de fundo, e raramente veremos um cigano vestido totalmente de preto, que é uma cor usada nos funerais, embora eles não tenham por hábito vestir luto. O preto é reservado para os rituais de magia junto com o branco e o vermelho.
Andar sem calçados também faz parte do misticismo cigano, pois acreditam que esta é uma maneira de descarregar a energia negativa na terra, ao mesmo tempo propiciando a entrada de energia positiva que vem do céu, do Sol, da Lua e das estrelas.
Os ciganos são pessoas que prezam o suficiente sua história e primam por mantê-la viva, inclusive no que diz respeito às vestimentas e à dança.

CONTOS E LENDAS ARABES





"Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro. O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:

HOJE MEU MELHOR AMIGO ME DEU UMA BOFETADA NO ROSTO.

Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.

O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu em uma pedra:

HOJE MEU MELHOR AMIGO SALVOU MINHA VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

POR QUE, DEPOIS QUE TE MAGOEI, ESCREVESTE NA AREIA E AGORA, ESCREVES NA PEDRA?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

QUANDO UM GRANDE AMIGO NOS OFENDE, DEVEMOS ESCREVER ONDE O VENTO DO ESQUECIMENTO E O PERDÃO SE ENCARREGUEM DE BORRAR E APAGAR A LEMBRANÇA. POR OUTRO LADO, QUANDO NOS ACONTECE ALGO DE GRANDIOSO, DEVEMOS GRAVAR ISSO NA PEDRA DA MEMÓRIA E DO CORAÇÃO ONDE VENTO NENHUM EM TODO O MUNDO PODERÁ SEQUER BORRÁ-LO."



Como as árvores e as montanhas, que suportam os mais inesperados ventos.

Muitas vezes, o homem precisa fingir que não ouve; ou deixar que a mágoa encontre, em seu coração, o túmulo silencioso.

É necessário acreditar.

Mesmo quando os fatos o negam, quando o sofrimento é a recompensa, é preciso lutar por aquilo em que se acredita. Pois, para aquele que retorna a meio caminho, de nada valeram os sacrifícios da jornada.

Mesmo quando a vida parece um fardo, quando de todos os lados a tristeza faz sentir a sua presença, é necessário seguir. E da fraqueza extrair forças, para um dia alcançar a felicidade.

Por isto, não deveis desesperar ao ver ruírem os vossos castelos; antes buscai erguê-los novamente.

Muitas vezes, a diferença entre o fracasso e o sucesso é uma tentativa a mais.

E não é sábio aquele que maldiz o seu destino, ou por ele se incrimina, e sim o que se esforça para torná-lo melhor.
Em qualquer situação, mais vale uma canção de esperança que palavras de amargor. Pois a angústia não trará soluções aos vossos problemas; antes os fará parecer maiores, roubando-vos a coragem com que os poderíeis resolver.

E, por certo, não é com a amargura de hoje que ireis construir um doce amanhã.

Meditai sempre, sobre os vossos problemas. Pois é junto ao vosso verdadeiro Eu que encontrareis as melhores respostas.

Lembrai-vos que a cada taça de fel corresponde uma taça de mel. Porém não sentireis o sabor do mel que a vida coloca em vossos lábios, se o vosso paladar se obstina em ater-se ao fel.

E assim procede quem apenas enxerga as dificuldades da vida, desprezando as dádivas que recebe a cada dia. Pois a quem distribui o fel, dificilmente será ofertado o mel.

Por isto, deveis resistir à amargura. Assim encontrareis, em vosso verdadeiro Eu, a força de que necessitais para construir o vosso futuro.

E a vossa felicidade.
Texto do livro "A Sabedoria de Hassan"




Deus, não consintas que eu seja
O carrasco que sangra as ovelhas,
Nem uma ovelha nas mãos dos algozes.
Ajuda-me a dizer sempre a verdade
Na presença dos fortes,
E jamais dizer mentiras para ganhar os aplausos dos fracos.

Meu Deus!
Se me deres a fortuna,
não me tires a felicidade;
Se me deres a força, não me tires a sensatez;
Se me for dado prosperar,
não permita que eu perca a modéstia,
Conservando apenas o orgulho da dignidade.
Ajuda-me a apreciar o outro lado das coisas,
Para não enxergar a traição dos adversários,
Nem acusá-los com maior severidade do que a mim mesmo.
Não me deixes ser atingido pela ilusão da glória, quando bem sucedido
E nem desesperado quando sentir insucesso.
Lembra-me que a experiência de um fracasso
poderá proporcionar um progresso maior.

Ó Deus!
Faze-me sentir que o perdão é maior índice da força,
E que a vingança é prova de fraqueza.
Se me tirares a fortuna,
Deixe-me a esperança.
Se me faltar a beleza da saúde,
Conforta-me com a graça da fé.
E quando me ferir a ingratidão e a
incompreensão dos meus semelhantes,
Cria em minha alma a força da desculpa e do perdão.

E finalmente Senhor,
Se eu Te esquecer,
Te rogo mesmo assim,
Nunca Te esqueças de mim !





Certa feita, um valoroso e sábio guerreiro árabe, Al Hassim, chefe de numerosa tribo, após

fragoroso combate, diante do espetáculo macabro

que presenciara, do alto de uma montanha orou aos céus :"se for da tua vontade ò todo-poderoso, sacrifica-me para por fim à guerra "!

Houve novos combates e numa tarde, pouco antes da chegada da noite, Al Hassim orou, com fervor redobrado, mas a luta não cessou...

Os membros de sua tribo diminuíam a cada dia sangrento.

Decidiu-se então a combater só. Empunhou a cimitarra e partiu para o campo de batalha.

Ao deparar com o exército inimigo em formação de ataque, bradou: " Vão embora !

Digam aos seus líderes que já basta de tanta matança.Aqui estou para enfrentá-los, a todos " !

Açodou o cavalo, investiu furioso contra as hostes inimigas, estáticas ante a bravura do guerreiro solitário.

O líder adversário, presa de indizível vergonha, ordenou a retirada de suas tropas, dirigindo-se sem escolta ao acampamento árabe, onde celebrou a paz.

Al Hassim galgou a montanha para agradecer ao todo-poderoso. Lá no alto ouviu uma voz que lhe ordenava recolher todos os cadáveres, inclusive os dos inimigos, para sepultá-los naquele lugar.

Árdua era a tarefa de trazer tantos mortos para a montanha. Após o derradeiro sepultamento, Alah fez chover por semanas a fio, ao fim das quais, dos céus, conclamou os chefes dos exércitos para reunir os guerreiros ao redor da montanha.

Ao crepúsculo, os mortos levantaram-se dos seus sepulcros. Ressuscitados,os antigos contendores se abraçaram, tomaram suas montarias e partiram.

Conta-se que ainda hoje, quando se ora em direção àquela montanha, o Anjo da Paz surge no horizonte, ressuscitando todos os que tombaram

em alguma estúpida guerra...

Bruno Ropf

MENSAGEM JESUS II





A LEI DO AMOR

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996.


يسوع المسيح في هذه الصورة يدعوا الجميع ليأتي عندهُ.
يدعو اشخاص ليخدموه على الأرض وهو واثق بمحبتهم لهُ.
لكن هل هناك من يسمع صوت الرب ويلبية؟
هناك من يسمع صوت الرب ويرفضهُ.
لذلك علينا أن نعرف مشيئة الله في حياتنا من خلال سمعنا لصوته.
ومهما كان جوابنا لنثق دائماً بأنه يحب الجميع ويريد الخير للجميع.
اليوم اسمعوا الصوت الرب فلا تقسوا قلوبكم.
وبعد هذة الحياة هناك الحياة والفرح والنعيم لمن يعمل بمشيئة الله

الاكليريكي ريمون حداد

Luz no Lar



Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.

Em casa, começa nossa missão no mundo.

Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.

Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.

Fujamos à frustação espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.

Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promesssa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla. FEB.

باسم الله القوي والأب فقط

Mais Amor



Rogas à vida o roteiro
Da Esfera Superior,
E a vida responde sempre:
Meditar com mais amor.
Procurando, desse modo,
Caminho renovador,
Em toda dificuldade,
Apóia com mais amor.

Se esperas pelo futuro
Como ninho aberto em flor,
Arando a terra do sonho,
Trabalha com mais amor.
Recebe, pois, o infortúnio
Com desassombro e valor,
Se a provação recrudesce,
Suporta com mais amor.

Tolera com paciência
A nuvem do dissabor;
Buscando nova alegria,
Ampara com mais amor.
Caluniaram-te a vida?
Perdoa seja a quem for.
Quem vive para a verdade,
Entende com mais amor.

Amigos desavísados
Trouxeram-te sombra e dor?
Diante de todos eles,
Auxilia com mais amor.

Feriram-te as esperanças
Brandindo verbo agressor?
Não critiques nem te queixes...
Espera com mais amor.

Ante o jogo de ilusões
Que o mal te venha a propor,
No cultivo da humildade,
Resiste com mais amor.
Se desejas alcançar
A comunhão do Senhor,
Arrima-te à caridade
E serve com mais amor.
Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A.. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha. 4 edição. Araras, SP: IDE. 1987.

MENSAGENS DE JESUS